TUBERCULOSE
SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação
No Brasil, a tuberculose continua sendo um grave problema de saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados, em média, 70 mil novos casos e ocorrem aproximadamente 4,5 mil mortes decorrentes da doença. Entretanto, a tuberculose tem cura, e o tratamento é gratuito, sendo disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) redefiniu a classificação de países prioritários para o controle da tuberculose no período de 2021 a 2025. Essa classificação mantém critérios semelhantes, com foco em três principais características epidemiológicas: 1) alta carga de tuberculose, 2) tuberculose multidrogarresistente e 3) coinfecção TB/HIV. No total, 30 países são listados em cada critério, com 48 países considerados prioritários em pelo menos uma lista. O Brasil está presente em duas dessas listas: ocupa a 20ª posição quanto à carga de tuberculose e a 19ª na coinfecção TB/HIV. Esses países representam cerca de 86% dos casos globais de tuberculose.
Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado dificuldades para reduzir significativamente os números de tuberculose. Em 2022, a taxa de incidência foi de 35,5 casos por 100 mil habitantes, uma leve redução em comparação aos anos anteriores. Já a taxa de mortalidade manteve-se estável, com 2,4 óbitos para cada 100 mil habitantes em 2021. No entanto, o país segue empenhado em cumprir as metas de controle e erradicação da doença, especialmente com a ampliação de estratégias de diagnóstico e tratamento.